quarta-feira, 8 de outubro de 2014

The Science of Dyslexia - testemunho de Dr. Sally Shaywitz

September 18, 2014: House Committee on Science, Space, and Technology Hearing, "The Science of Dyslexia," Dr. Sally Shaywitz provides expert testimony on what dyslexia is, who it affects, and the need for evidence-based programs to remediate it - The Yale Center for Dyslexia & Creativity


sábado, 20 de setembro de 2014

Só porque daqui a nada é Natal

Hoje vim deambular por aqui... coincidência? acaso? inspiração divina?... e o facto de não ter vindo cá desde final de maio, também um insólito e irrelevante acaso? Quem dera...

Pois, é mesmo isso: a escola acabou, e esquecemo-nos dessa coisa da dislexia. A escola recomeça e o monstro ataca, tipo Dallas, a primeira série a fazer sagas e sequelas intermináveis, verdadeiros pesadelos televisivos.

E embora abomine as tão badalas entrevistas dos licenciados que trabalham em mercearias e dizem que o seu dinheiro mais mal gasto foi na educação, como se o conhecimento fosse um objecto material com fins meramente economicistas, e o saber e desenvolvimento do pensamento crítico fossem aborrecidas circunstâncias que vêm por attach; ainda assim, embora vomite estes disparates que revelam o provincianismo a que o país ainda está remetido, ainda assim, é raro o dia que não me interrogue sobre a validade de enviar o ser que mais prezo para a Câmara dos horrores, num acto sistemático e diário. Bom, claro, estou a deixar-me arrebatar pelo lado dramático da situação, não resisto!
Mas, exageros à parte, e sabendo que todos precisamos de criar os novos anticorpos, a isso se chama sobrevivência e crescimento - tanto pais como filhos, claro - ainda assim apetece sempre, e sempre, perguntar «Caramba, mas será mesmo que não conseguimos melhor do que isto!?!»


Lá estamos nós, pais e envolvidos, a voltar a ler tudo sobre dislexia, a googlar todos os artigos e a youtubar todos os documentários. A resposta mais óbvia é sempre a mesma: «temos que construir um sistema de ensino válido para todos», que valide as competências individuais, e reconheça as diferenças de cada um. Ehehe, aposto que, se fizermos um inquérito, toda a comunidade educativa dirá que o faz. Claro! E na enrolada legislação e nas suas miríades de subtilezas, lá estarão esses bonitos chavões, num ramalhete intrincado e passível de outras leituras mais opacas.

Bom, deixando esta aborrecida tendência de crítica fácil do sistema, aconselho arregaçar mangas, inspirar, meditar, e atacar o touro pelos cornos mais um ano lectivo (vá, na prática são dez meses, com interrupções aqui e ali, bem espremido, o que é isso? um bocadinho de tempo, mais nada).

Bom ano lectivo a todos, sem discriminação de alturas, cores de olhos, tamanho das unhas, densidade capilar ou outra coisa qualquer. Até me atrevo a desejar bom ano a algumas cores políticas mais desbotadas ou às excessivamente garridas. Vá, só porque daqui a nada é Natal, e é para todos, afinal!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Carta aberta aos professores

Caríssima(o)s professora(e)s,

Quero agradecer-vos por me lembrarem a urgência de falar sobre dislexia. Quero agradecer-vos não me deixarem cruzar os braços e ter a veleidade de achar que cumpri a minha missão enquanto mãe e encarregada de educação. Erro crasso da minha parte, este, de julgar que poderia descuidar o apoio à minha filha, tanto que me informei e tanto que soube de especialistas na matéria, todos unânimes que um estudante com dislexia tem que ser apoiado sempre e ao longo de todo o seu percurso escolar.

E porque sabemos que a boa vontade não chega, há que esclarecer, interrogar, informar, informar, informar.

Quando me dizem «o teste era fácil, não percebemos porque a sua filha não conseguiu…», torna-se por demais evidente que não está claro o que é a dislexia.

Por isso, mais uma vez reforço, uma pessoa com dislexia tem um quociente de inteligência normal ou superior à média. Ou seja, tem as suas capacidades cognitivas em perfeita saúde! O que significa que não precisa de perguntas fáceis nos testes, nem de palmadinhas nas costas nas aulas, nem de atitudes paternalistas, vulgo «coitadinho».

O problema de uma pessoa com dislexia é não ter nenhuma bengala, nem óculos, nem cadeira de rodas, nem nenhum outros sinal exterior que permita a identificação imediata e compreensão da sua singularidade. Porque todos somos humanos, logo, todos temos mais facilidade em aceitar o que vemos do que o que não vemos.

E a dislexia não se vê.

Mas também a gravidade não se vê, e ninguém a questiona. Nem a electricidade. Nem o gás. E porque não os questionamos? Porque foram comprovados cientificamente. Logo, são aceites.

Também a dislexia tem sido comprovada cientificamente, apenas não é ainda ensinada nas escolas. E, infelizmente, nem aos professores, que com ela lidam diariamente. Como tal, é uma matéria desconhecida para a maioria, e causa estranheza. Tal é a formatação em que vivemos, que tanta dificuldade temos em integrar a diferença e, em vez de a vermos como riqueza, vemos como estranheza.

Mas continuando a explanar sobre dislexia, permitam-me estabelecer aqui um paralelismo que, mesmo correndo o risco de menos correto, facilita seguramente a sua visualização:

Há pessoas que são míopes, ninguém questiona. A miopia, distúrbio visual, também não se vê. Mas quem a tem, sente-a. E mune-se de um objecto que permite, não curá-la, mas ultrapassar a sua dificuldade de visão. E esse objecto é visível pelos outros. Logo, a reacção dos outros é consideravelmente diferente. Nenhum professor irá dizer: «Não percebo porque o aluno não respondeu às perguntas do quadro, eram tão fáceis…» quando sabe que o aluno é míope e, nesse dia, tinha partido os óculos. Nenhum professor põe em causa as competências cognitivas do aluno, quando sabe que a sua dificuldade naquele momento se prendeu com um elemento externo que aconteceu estar inoperante nesse episódio.

Salvaguardando as óbvias diferenças, que são muitas, vamos lá a esclarecer: numa pessoa disléxica, os elementos fracturantes podem ser muitos. A sua dificuldade de aprendizagem prende-se com um formato diferente de assimilação e de memorização dos conteúdos, de descodificação dos códigos escritos, e da forma como vai «repescar» a informação armazenada no cérebro. Ou seja, como recorre a diferentes circuitos neurobiológicos, demora mais tempo a ir buscar a informação que deseja e está sujeito a diversos factores de bloqueio que lhe impedem de fazer esse percurso.

Estes factores de bloqueio nada têm que ver com o grau de facilidade ou dificuldade das avaliações ou das tarefas exigidas, prende-se sobretudo com um esforço 5 vezes maior que o de qualquer outra pessoa sem dislexia, em ir buscar essa informação. Esse esforço exigido pode ser, em si, um factor de bloqueio, se houver em coincidência qualquer outro factor externo perturbador. Não é por acaso, nem em vão, que o Decreto Lei n.º 3 permite os testes individualizados, e as turmas reduzidas. Os alunos com dislexia precisam de um contexto tranquilo para executarem essa tarefa 5 vezes mais exigente de irem buscar informação.

Portanto, sim, é normal que haja bloqueios e que o seu esforço de estudo, o seu empenho, as suas expectativas, se vejam logrados. Também é normal que se sintam frustrados, assim como os professores e pais, que sabem bem todo o esforço empreendido na tarefa, tanto do aluno como deles.

O que fazer? Primeiro que tudo, cumprir com o pouco que a legislação nos dá neste sentido: testes individuais, assegurar um ambiente de tranquilidade, e um constante reforço positivo – factores que, aliás, deveriam estender-se a qualquer aluno.
Depois, aceitar que o mundo é plural, e também o somos todos nós.

E a seguir, nos exames? Sim, aqueles exames que permitem que um aluno com falta de visão leve óculos, mas não permite que um aluno com dislexia tenha a mesma equivalência nos auxiliares que precisa… Pois… Esses exames lá estarão, e terão que ser ultrapassados, claro. A melhor forma será munindo os alunos de toda a confiança e auto estima que precisam. Esse é o passo mais flagrante para o seu sucesso. Miná-lo é criar bloqueios que podem terminar com abandono escolar, no melhor dos cenários.

É preciso vermos estes desafios como oportunidades para nos melhorarmos enquanto pais e enquanto professores. Precisamos de um acurado trabalho de equipa.

Aos pais, compete-lhes assegurar todos os estímulos e apoios técnicos para o seu filho, assegurar um ambiente de motivação, de regras e de apoio emocional, para que o aluno seja, no seu todo, uma pessoa íntegra, completa, emocional e psicologicamente equilibrada e feliz. Aos professores e à escola compete-lhes assegurar que toda a legislação prevista seja aplicada e cumprida, recorrendo ao apoio e informação dos técnicos especialistas na matéria, que com eles devem colaborar.

A todos cabe a tarefa de uma comunicação aberta, clara, e permanente, de forma a podermos todos crescer e aprender em conjunto.


Obrigada por mais esta aprendizagem.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

notícia do Público de 08 de abril de 2014

Sim, não está errada a data, é mesmo uma notícia de 2014, mas podia ter mais de quarenta anos, podia ser uma medida salazarista, daquelas que saltitam nos cérebros pequeninos, pequeninos, daqueles seres que se sentem ameaçados com a diferença. Daqueles que, por infortúnio ou má sorte nossa, por ação de um marketing poderoso, e abusando da boa vontade de um povo, calham estar ali a escrevinhar leis que nos estrangulam, nos amarram, nos atam pesos aos pés e nos atiram para um poço muito, muito fundo.
Sendo do Fascismo sinónimo de muitas coisas feias, muito feias, de coisas pequenas, reles, de maus sentimentos, de ignorância gritante, de mesquinhez, de estupidez, de egoísmo e maldade pura... e sendo estes senhores que nos governam neste século XXI que nos prometia tanto, não outra coisa senão fascistas, nada de bom nos resta dizer sobre as suas ações. Lamentamos. Lamentamos muito. Lamentamos sentidamente. E do fundo do coração, mesmo cá do fundo, desejamos que todos estes senhores, todos estes empacotadinhos feitos à medida dum marketing capitalista, todos estes subprodutos dum cruel sistema económico que não olha a meios, a todos desejo que vão à merda! E que me perdoe quem me sabe correta e usualmente incapaz de tais termos menos próprios. Mas chega, bolas, chega!

Fica a notícia: desigualdade de oportunidades na educação

Mais não digo, para que não me torne imprópria.

quinta-feira, 27 de março de 2014

S.O.S. Sorrisos!!!!

E pronto, já aconteceu. Foi ontem que Montemor recebeu a visita da APPDAE, numa sessão que nos ocupou a tarde, mas que ficará, seguramente, a ocupar-nos o coração durante muito mais tempo.

Lá fomos, durante a dita tarde, balançando entre a lagrimita ao canto do olho, e a mais forte determinação em lutar pelos direitos dos nossos filhos, alunos, maridos, etc.
E entre mitos e receios, percebemos que somos muitos a passar pelo mesmo.
Somos muitos a não perceber os sinais da menina caladinha, que não quer participar nem ir ao quadro. Somos muitos a não entender o miúdo irrequieto, que faz tudo na aula, menos o que deve. Somos muitos a esgotarmo-nos em horas e horas extra de apoio e orientação, e a ver constantemente defraudados os esforços imensos destas crianças, jovens, adultos.
E somos poucos a perceber a total indiferença, ou exclusão, do nosso Estado dito Democrático/ Inclusivo/ Justo/....
Os números de alunos com DAE são brutais. Os valores que o Estado gasta no seu apoio, divulgação, formação, são nulos.
O esforço despendido por um aluno com dislexia é 5 vezes superior ao de aluno regular. O número de vezes que o seu esforço é recompensado é inversamente proporcional...

Mas o que marcou mais, que tudo o resto já íamos mais ou menos sabendo, de algum calejo nesta coisa, foi a apresentação de um estudo que revela que os alunos com dislexia têm um grande défice de sorrisos. Pois, aquela coisa do reforço positivo «boa, conseguiste!» (acompanhado de um sorriso), «fantástico, muito bem» (mais sorriso), »vejam, o M foi o primeiro!» (grande sorriso) raramente acontece a um aluno com dislexia. Lá se vão os sorrisos... e depois estranhamos que não queiram ir para a escola, onde todos os dias são obrigados a subir a uma montanha, mas todos os dias ficam para último, e não chegam, não chegam,... E estranhamos que queiram mandar a montanha às urtigas...

Bolas, que isto às vezes dói!

segunda-feira, 17 de março de 2014

Para pais e filhos, um livro especial...

Da coleção Geniozinhos, um livro sobre dislexia: Se És tão Esperto, Porque É Que não Sabes Escrever “Sussurrar”?
Texto: Barbara Esham
Ilustração: Mike e Carl Gordon
Edição Arte Plural Edições

E se afinal for ao contrário, e descobrimos que o nosso pai é que tem dificuldades em escrever e ajudar-nos nos T.P.C.'s?



http://www.theadventuresofeverydaygeniuses.com/

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os fofos pirosos

Uma das coisas giras em acompanhar o crescimento dos nossos miúdos é, para além do constante reposicionamento no mundo a que nos obrigam, o que só por si é um feito extraordinário, é, dizia, os constantes travellings ao nosso passado e àquilo que fomos e fizemos, que contribuiu para definir o que somos hoje.
Isto tudo para chegar a um tema muito menos prosaico do que aparenta: lembrei-me, há uns dias, das manias que a malta tinha quando era adolescente. E quando digo malta digo mal, na verdade não era toda a malta, eram mesmo as miúdas. Nós, as miúdas, tínhamos algumas manias, sim, há que assumir. Pirosas, mesmo. Tontas e inócuas, ou talvez não tanto.

Bom, mas uma dessas manias era achar que ter boa nota num teste não dependeria tanto do que sabíamos ou não, do que tínhamos estudado ou não. Talvez nem dependesse do nosso quociente intelectual. Era mais uma questão de sorte. E vistas as coisas desse prisma (teoria que qualquer mente preguiçosa subscreve inteiramente, claro!), havia que dar uma ajudita ao destino, não fosse a coisa falhar.
Ajudita tipo... estudar mais? Hmmm, para quê se podemos arranjar qualquer coisa muito mais gira e pirosa? Eureka! Alguma mente iluminada teve um rasgo: usar coelhinhos-mascote, miniaturas em borracha bem cheirosas, com laços cor de rosa na cabeça e um sorriso estupidamente amoroso. Óbvio! Punha-se o dito em cima da secretária riscada (com sorte com uns riscos que eram mesmo a matéria do teste) e era tiro e queda (às vezes mais a queda que o tiro).
Portanto, qualquer miúda que se prezasse transportava um desses pirosos fofos na mala nos dias de teste. O melhor era até levar dois ou três, que nós, miúdas, somos mulheres prevenidas.
Se, ao chegar à sala, percebêssemos que o fofo piroso tinha ficado em casa, era o pânico total!!! Mesmo!!!

Sim, lembrei-me dos fofos pirosos porque, nesse tal outro dia, a minha filha abriu a mala e teve um ataque de pânico…total!!! E de repente o tal travelling… vai-me dizer que lhe falta algum piroso..? 
- Mãe, já não tenho corretor para a escola!!! Pânico!!!

(…)


A sério, tinta corretora? Não é o verniz que lhe falta, nem nenhuma mascote, nem sequer a senha do almoço. O essencial mesmo, para uma adolescente disléxica,  é a tinta corretora, para quando for calmamente rever o que escreveu…  Assim à laia de bote salva-vidas...

Os fofos pirosos tornaram-se ainda mais estúpidos do que eu me lembrava!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ação de esclarecimento sobre Dislexia em Montemor-o-Novo

A APPDAE (Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas) respondeu prontamente ao nosso convite, e virá a Montemor no dia 26 de março para uma ação de sensibilização sobre a DISLEXIA. A ação é sobretudo dirigida a pais, encarregados de educação e professores, para que possam conhecer, identificar e apoiar os estudantes com dislexia.

A participação é gratuita, mas convém fazer pré-inscrição, para sabermos com quantas pessoas contamos, por mail ou telefone: escolaemmovimento@gmail.com / Sofia Borges: 963.433.623.

Cá vos esperamos!


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As variações biológicas dos cérebros de disléxicos e não-disléxicos segundo Amanda Morin


«There are biological reasons why kids with ADHD don’t learn or behave like their peers. Here’s a look at how the ADHD brain is structured and functions compared to the non-ADHD brain.

Area of the brain

What it does

How it looks in the non-ADHD brain

How it looks in the ADHD brain

Frontal lobeControls focus, concentration, decision making and the ability to filter distractions. Also handles executive functions like organization and planning.Works effectively.Is underactive and up to 10 percent smaller in size than in a non-ADHD brain.
Mid-cortex (brain’s gray matter)Is associated with controlling movement and paying attention.Thickens and matures by age 7 or 8.Thickens and matures by age 9 or 10.
Prefrontal cortexIs linked to impulsivity, self-control, attention and activity level.Uses the brain chemical dopamine effectively to do its job.Doesn’t use dopamine effectively and/or uses too little. This area is also smaller than in the non-ADHD brain.
Neural network in the temporal lobeIs the brain “wiring” system that carries messages telling the brain how to control movement, thought processes, speech, etc. Also processes auditory information.Performs stop/go tasks at a normal rate—like in the game “Red Light, Green Light.”Performs both “stop” and “go” tasks slower than in a non-ADHD brain. Kids are slower to “go” and are unable to “stop” effectively.
Reticular activating system (RAS)Connects outside signals to signals in the brain using the brain chemical norepinephrine. These connections help with processing information, paying attention to a specific task and regulating self-control.RAS works correctly, sending signals and norepinephrine to the area. That action releases the chemical dopamine, which controls the attention center of the brain.RAS is overactive or underactive due to too much or too little norepinephrine, so the brain releases too much or not enough dopamine. The brain also has fewer cells in this area, which reduces the connections the brain makes.

Understanding that behaviors like hyperactivity and impulsivity are caused by a medical condition can make it easier to parent a child with ADHD. Among the many ways you can help are by making some changes at home and seeking accommodations at school.



Amanda Morin is an education and parenting writer who uses her experience as an early interventionist and teacher to inform her writing. Her work appears on many parenting websites and she is the author of two books, including The Everything Parent’s Guide to Special Education.»