quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Os fofos pirosos

Uma das coisas giras em acompanhar o crescimento dos nossos miúdos é, para além do constante reposicionamento no mundo a que nos obrigam, o que só por si é um feito extraordinário, é, dizia, os constantes travellings ao nosso passado e àquilo que fomos e fizemos, que contribuiu para definir o que somos hoje.
Isto tudo para chegar a um tema muito menos prosaico do que aparenta: lembrei-me, há uns dias, das manias que a malta tinha quando era adolescente. E quando digo malta digo mal, na verdade não era toda a malta, eram mesmo as miúdas. Nós, as miúdas, tínhamos algumas manias, sim, há que assumir. Pirosas, mesmo. Tontas e inócuas, ou talvez não tanto.

Bom, mas uma dessas manias era achar que ter boa nota num teste não dependeria tanto do que sabíamos ou não, do que tínhamos estudado ou não. Talvez nem dependesse do nosso quociente intelectual. Era mais uma questão de sorte. E vistas as coisas desse prisma (teoria que qualquer mente preguiçosa subscreve inteiramente, claro!), havia que dar uma ajudita ao destino, não fosse a coisa falhar.
Ajudita tipo... estudar mais? Hmmm, para quê se podemos arranjar qualquer coisa muito mais gira e pirosa? Eureka! Alguma mente iluminada teve um rasgo: usar coelhinhos-mascote, miniaturas em borracha bem cheirosas, com laços cor de rosa na cabeça e um sorriso estupidamente amoroso. Óbvio! Punha-se o dito em cima da secretária riscada (com sorte com uns riscos que eram mesmo a matéria do teste) e era tiro e queda (às vezes mais a queda que o tiro).
Portanto, qualquer miúda que se prezasse transportava um desses pirosos fofos na mala nos dias de teste. O melhor era até levar dois ou três, que nós, miúdas, somos mulheres prevenidas.
Se, ao chegar à sala, percebêssemos que o fofo piroso tinha ficado em casa, era o pânico total!!! Mesmo!!!

Sim, lembrei-me dos fofos pirosos porque, nesse tal outro dia, a minha filha abriu a mala e teve um ataque de pânico…total!!! E de repente o tal travelling… vai-me dizer que lhe falta algum piroso..? 
- Mãe, já não tenho corretor para a escola!!! Pânico!!!

(…)


A sério, tinta corretora? Não é o verniz que lhe falta, nem nenhuma mascote, nem sequer a senha do almoço. O essencial mesmo, para uma adolescente disléxica,  é a tinta corretora, para quando for calmamente rever o que escreveu…  Assim à laia de bote salva-vidas...

Os fofos pirosos tornaram-se ainda mais estúpidos do que eu me lembrava!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ação de esclarecimento sobre Dislexia em Montemor-o-Novo

A APPDAE (Associação Portuguesa de Pessoas com Dificuldades de Aprendizagem Específicas) respondeu prontamente ao nosso convite, e virá a Montemor no dia 26 de março para uma ação de sensibilização sobre a DISLEXIA. A ação é sobretudo dirigida a pais, encarregados de educação e professores, para que possam conhecer, identificar e apoiar os estudantes com dislexia.

A participação é gratuita, mas convém fazer pré-inscrição, para sabermos com quantas pessoas contamos, por mail ou telefone: escolaemmovimento@gmail.com / Sofia Borges: 963.433.623.

Cá vos esperamos!


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

As variações biológicas dos cérebros de disléxicos e não-disléxicos segundo Amanda Morin


«There are biological reasons why kids with ADHD don’t learn or behave like their peers. Here’s a look at how the ADHD brain is structured and functions compared to the non-ADHD brain.

Area of the brain

What it does

How it looks in the non-ADHD brain

How it looks in the ADHD brain

Frontal lobeControls focus, concentration, decision making and the ability to filter distractions. Also handles executive functions like organization and planning.Works effectively.Is underactive and up to 10 percent smaller in size than in a non-ADHD brain.
Mid-cortex (brain’s gray matter)Is associated with controlling movement and paying attention.Thickens and matures by age 7 or 8.Thickens and matures by age 9 or 10.
Prefrontal cortexIs linked to impulsivity, self-control, attention and activity level.Uses the brain chemical dopamine effectively to do its job.Doesn’t use dopamine effectively and/or uses too little. This area is also smaller than in the non-ADHD brain.
Neural network in the temporal lobeIs the brain “wiring” system that carries messages telling the brain how to control movement, thought processes, speech, etc. Also processes auditory information.Performs stop/go tasks at a normal rate—like in the game “Red Light, Green Light.”Performs both “stop” and “go” tasks slower than in a non-ADHD brain. Kids are slower to “go” and are unable to “stop” effectively.
Reticular activating system (RAS)Connects outside signals to signals in the brain using the brain chemical norepinephrine. These connections help with processing information, paying attention to a specific task and regulating self-control.RAS works correctly, sending signals and norepinephrine to the area. That action releases the chemical dopamine, which controls the attention center of the brain.RAS is overactive or underactive due to too much or too little norepinephrine, so the brain releases too much or not enough dopamine. The brain also has fewer cells in this area, which reduces the connections the brain makes.

Understanding that behaviors like hyperactivity and impulsivity are caused by a medical condition can make it easier to parent a child with ADHD. Among the many ways you can help are by making some changes at home and seeking accommodations at school.



Amanda Morin is an education and parenting writer who uses her experience as an early interventionist and teacher to inform her writing. Her work appears on many parenting websites and she is the author of two books, including The Everything Parent’s Guide to Special Education.»